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sábado, 1 de outubro de 2011

Filhos. Ter ou não Ter ?

Por Miss.ª Valéria Pessoa

Para que ter filhos? Para que ser pai ou ser mãe?
Para alguns essas são questões simples e bem resolvida, o desejo de conceber já está formada na mente antes da união matrimonial, já para outros pode virar uma verdadeira tortura, porque se sentem bem sozinhos, porém sobre o casal pesa uma cobrança da sociedade que prega a propagação da família através dos filhos ou também porque um dos cônjuges deseja ter filhos e o outro não, em qualquer uma das situações observamos um certo estresse com respeito ao assunto e não deveria ser assim.

Não quero aqui fazer apologia a não procriação, mas sim esclarecer que a decisão de ser ou não pais só compete a própria pessoa ou ao casal, e que essa decisão em nada valoriza ou desvaloriza o homem e a mulher.

É interessante observarmos que ainda hoje os casais que optam por não terem filhos são olhados como se fossem alienígenas, seres de outro planeta, principalmente no mundo evangélico, porque há como base Gen. 1:27 que está escrito: "...multiplicai-vos e enchei a terra...". Mais interessante ainda é notar que já se tornou corriqueiro, o casal ainda não foi para lua de mel e as pessoas já inquirem o casal sobre o plano dos filhos, pra quando planejam tê-los e se o casal disser que planejam tê-los após dez anos, podem virar chacota em meio a festa.

Por que isso costuma acontecer? - a resposta é bem clara e simples, porque além do que a Palavra de Deus nos orienta, também existe o que nos foi passado de geração em geração. Quando pensamos sobre o passado de nossa espécie, notamos que a reprodução era uma regra, uma manifestação indireta do nosso poderoso instinto sexual e não de um desejo de ser pai ou mãe, muitos casais já voltavam da lua de mel grávidos, porque além do apetite sexual os recursos anticoncepcionais eram pobres e pouco conhecidos, a preocupação com o tema era muito maior do que os dias de hoje, porque se uma mulher não engravidava  era uma problemática muito grande, sofria grandes preconceitos chegando a ser excluída de certos grupos. Outro ponto importante é que antigamente, quanto mais numerosa a família, maior era o prestígio dessa família, pois eram considerados capazes de suprir e até arar toda a extensão de uma terra, usava-se muito o velho ditado: "onde comem dois, comem três.". Em nossa atualidade, notamos que não é mais assim, em muitas casas onde vivem duas pessoas, as vezes mal comem, então onde comem dois, realmente só comem dois, não cabendo um terceiro.

Nesse ponto quero salientar a importância de um planejamento familiar, ter um filho não tem nada de racional, existe apenas o desejo de ser progenitor(a) de um ser tão pequeno e indefeso, de ouvir passinhos pela casa, mas em alguns casos é importante fazer uma análise da renda e dinâmica familiar antes da concepção, porque é de conhecimento de todos que um bebê carece de roupas, comida, fraldas, amor, carinho, um ambiente agradável e saudável, enfim, por isso ratifico que é necessário haver muito dialogo entre o casal antes de sequer pensar em ter um filho, é importante esgotar a questão para que depois nem um dos dois venha se queixar um contra o outro, jogando a culpa um no outro nem muito menos na criança.

Hoje com toda a gama de recursos preventivos, a mulher e o homem tem a opção de escolher quando será o momento adequado de chamar a "cegonha". Ambos passarão por uma transformação muito grande antes, durante e após a gestação que se propagará para o resto da vida. Quero ressaltar que esse momento é exclusivo do casal, não cabendo a mais ninguém, ou seja, não importa a opinião de terceiros nessa relação, importa apenas a opinião dos que estão desejosos de ter um bebê. Em alguns casos a pessoa não quer ter filhos por não saber lidar com crianças, outra por não querer dividir a atenção do marido ou da esposa, outra porque acha que o mundo está muito hostil se preocupa em colocar um filho no mundo, outra porque não quer passar pela transformação da gestação, ou até mesmo porque já adotou muitas crianças, não são seus filhos, não os veem todos os dias, mas cuidam deles financeiramente (porque eu conheço pessoas que adotaram crianças na fé - são missionários), enfim seja qual for a situação eu respeito o livre arbítrio do outro, porque eu acho que diante de todas essas questões uma pessoa não está verdadeiramente pronta para ser mãe ou pai e é uma questão muito pessoal

Na minha opinião, acho que depois do enlace matrimonial é importante passar uns dois anos sem ter filhos, para que o casal possa identificar suas semelhanças, dificuldades, suas rusgas para só então completar essa harmoniosa relação com a continuidade do casal através de um filho. Eu como mulher e mãe só me senti completa depois que me ganhei minha filha e foi muito saudável na minha relação conjugal porque estávamos casados há dois anos, amadurecidos como pessoas e como casal.

Pra finalizar quero dizer que não julgo ninguém, mas para mim ser pai e mãe é um presente de Deus, pois é bíblico que "os filhos são herança do Senhor", eu observo que enquanto algumas mulheres se esmeram para não ter filhos, ficam num impasse enorme entre ter ou não ter filhos, outras lutam contra um aborto espontâneo, lutam contra a infertilidade e sofrem muito porque não conseguem engravidar, quem tem poder financeiramente falando gastam muito dinheiro em fertilizações in vitro, agora quem não tem vai tentando até que depois de tantas tentativas frustradas, desistem e se sentem fracassadas, outras até dão a volta por cima e adotam uma criança o que é muito louvável, pois hoje ainda existem muitas crianças abandonadas, então pra mim ser mãe é uma benção, é muito bom de verdade, eu vejo no meu esposo que para ele ser pai é maravilhoso, mesmo com todos os percalços, é claro tem dias que é exaustivo, porém os momentos bons de amor e carinho superam e muito o desgaste, depois de ter um filho nasce um amor tão grande que não dá pra mensurar, nasce uma defesa que você pensa não ter, a mãe vira uma leoa realmente, tudo fica com um sentido e um prazer imenso de realização, a maternidade e paternidade completa o homem e a mulher que desejam ser pais, por isso dizem: "depois que nasce uma criança nasce uma mãe", para mim isso é real.

Eu amo a maternidade, amo minha filha e ela me completou e realizou como mulher.






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