Essa foi a palavra que veio em minha mente quando perdi meu primeiro filho.
Em muitos casos achamos que o Senhor está nos castigando, está nos punindo por algo e não é dessa maneira, Deus não castiga a ninguém, antes nos livra do mal, não que um filho seja mal, não é isso entendam por favor, é que o Senhor me livrou de lago muito pior caso não tivesse sofrido o aborto. No momento de crise talvez não enxerguemos o livramento do Senhor, mas saiba que Ele está nos abençoando sem que vejamos, portanto peçamos ao Senhor para abrir nossos olhos espirituais.
Na Bíblia está escrito: "Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus", então se amamos a Deus, tudo, tudo mesmo contribui pra nossa salvação pra nos abençoar.
Esse foi mais um dos milagres onde aprendi que numa situação catastrófica, Deus está nos livrando de algo ainda muito pior, por isso aprendi a agradecer a Deus, mesmo nas situações mais tristes e adversas, leiam com atenção e se desejarem postem um comentário ok?.
Desde que me casei com o Luiz Carlos, tínhamos planos de termos filhos após 1 ano de casamento, só que nossos pensamentos não são os do Senhor. Depois de 1 ano de casados passamos a não evitar pra tentarmos engravidar, passamos mais 1 ano e meio só tentando e nada de engravidar, comprávamos tanto testes de farmácia que viramos clientes de uma marca. A cada pequeno atraso menstrual era um novo teste a ansiedade batia forte e cada resultado negativo a frustração doía demais, fizemos todos os exames possíveis pra saber se havia algum problema e nada era diagnosticado.
Então no inicio de abril de 2006 minha menstruação atrasou 4 dias, mas depois de tantos negativos decidimos esperar um pouco para fazer o teste, no 5º dia minha menstruação veio forte e a cólica durou uns 3 dias, tomei tudo quanto é remédio pra passar a dor e nada aliviava, fiquei deitada durante esses 3 dias e não fui ao médico, até que no 4º dia já não sentia mais nada (guarde essa experiência).
Quando estávamos prestes a desistir soubemos da gravidez, foi em maio de 2006, ainda meio desconfiados pedimos ao médico pra refazer o exame de sangue e ele nos explicou que se realmente estivesse gravida, dentro de 24 hs os números do resultado dobrariam, então que eu refizesse no dia seguinte, seguimos as orientações do meu ginecologista e bastante ansiosos pegamos o resultado ainda pela internet, quando vimos que o nº havia dobrado ficamos eufóricos dando glórias a Deus, ligando pra todos pra dar as boas novas e ficamos muito felizes, só que algo me incomodava, mesmo muito feliz com a gestação sentia que algo estava errado. Então passei a sangrar como se estivesse menstruada, meu ginecologista pediu rápido um ultrassom obstétrico onde foi visto que o bebê estava sendo gerado na trompa esquerda, estava perfeito, coração batendo e tudo só não sobreviveria. Foi como receber um balde de água gelada na cara, enquanto o ginecologista nos explicava a situação e os cuidados nos próximos 2 dias eu só fazia chorar, o Luiz tentava me consolar, mas era em vão, pois eu estava inconsolável. Na volta pra casa, ainda dentro do carro, o silêncio tomou conta de nós por um momento, até que indignada aos prantos me queixei com Deus dizendo: "Pai se não era pra sobreviver, porque me permitistes engravidar?", tola esse era meu questionamento com o Senhor. Ainda muito abalada liguei para os meus pais e pedi a minha mãe (uma mulher de muita oração) que intercedesse ao Senhor.
Dois dias se passaram, continuava sangrando e sentindo dores abdominais, mas o esperado pelo médico não aconteceu, eu não abortei, fizemos um novo ultrassom obstétrico onde foi visto o bebê no útero, o milagre de Deus aconteceu, o bebê que estava na trompa desceu para seu devido lugar - o útero. Até hoje os médicos desacreditam nisso, mas eu tenho os exames pra comprovar, que um bebê estavas na trompa e desceu para o útero, os médicos não sabem, mas eu sei que o médico dos médicos fez a obra.
Felicíssimos achávamos que havia acabado, só que eu continuava sangrando, então o médico disse que eu estava com começo de aborto e receitou um remédio pra segurar o bebê, fiquei em repouso absoluto por 21 dias (quase perdi meu serviço na clinica).
Então quando completei 2 meses de gestação, no final de junho de 2006, numa terça-feira às 23:00 hs, ao usar o toalete o aborto aconteceu espontaneamente, fomos para o hospital e de tanto chorar as enfermeiras não conseguiam achar minhas veias, porque desidratei, fui furada 9x, chorei muito, muito mesmo. A obstetra dizia: "mãe seu útero está fechado, o bebê está ai dentro ainda." eu dizia: "Não! eu perdi, eu sei porque eu vi ele nas minhas mãos". A Dra. decidiu me internar e na manhã do dia seguinte, faríamos uma ultrassom transvaginal pra ver se realmente havia acontecido o aborto. Naquela noite não dormi, o Luiz nem foi pra casa, dormiu no carro mesmo na frente do hospital (que bonitinho), eu estava com raiva de Deus, lhe questionando, o por quê deixou eu perder meu filho.
Então amanheceu e quando fizeram o transvaginal aconteceu uma surpresa, Deus enviou minha resposta, a médica do ultrassom viu restos de outra gestação, fiquei atônita, não sabia nem o que dizer ou esperar, nem deu pra pensar, rapidamente me mandaram para o pré cirúrgico e a Dra. que me internou veio me explicar que a gestação já havia começado de forma errada, que o bebê que foi abortado não sobreviveria, mesmo que não chegasse a abortar naturalmente, pois quando chegasse no 3º més de gestação teríamos de fazer abortar, porque ele estava sendo gerado com restos podres de outra gestação - lembram do mês de abril?. Eu já havia tido uma gestação em abril e tinha sofrido um aborto em casa sem saber, inexperiente de tudo não sabia diferenciar dor de cólica menstrual com dor de aborto e como sou chata pra ir em hospitais fiquei com dor em casa, assim que, a médica me disse isso logo me lembrei das dores que senti em abril, então ela me disse, você abortou e engravidou num útero sujo, cheio de restos podres, o bebê praticamente estava sendo gerado com o irmão necrosado, se você não tivesse tido o aborto provavelmente poderia apodrecer todo seu útero, suas trompas e ovários, você teria que tirar tudo e ficar estéril. Então ali diante da médica eu apenas sorri, demorou pra aceitar a perda e ainda saber que perdi 2 gestações, mas agradeci a Deus pelo seu trabalhar e lhe pedi perdão por tudo que falei.
Deus tem suas maneiras de trabalhar em muitos casos enquanto estamos a reclamar com Ele, o Nosso Deus está a nos dizer: "Tolos não sabem o que estou fazendo, acham que estou fazendo mal, mas estou fazendo o bem, livrando-os de algo pior". O meu pior seria nunca mais engravidar, então o que pra mim era perda reputei o por ganho, porque perdi 2 gestações, mas fiquei com um útero saudável, para mim isso foi um milagre de Deus, o 5º em minha vida e depois de tudo isso descansamos em Deus, paramos com toda aquela ansiedade, até entrei num regime, foi então que em novembro de 2006 engravidei e só fui ficar sabendo em dezembro bem perto do natal. Esse natal foi muito especial, dei de presente para o Luiz um conjunto de pagãozinho com o teste de gravidez com o resultado positivo, na hora ele sacou o que era e nos abraçamos e nos beijamos muito felizes da vida até que ele me devolveu o presente dizendo: "é nosso presente de Natal" e foi mesmo, nosso presente vindo direto dos céus e quem nos deu foi nosso DEUS, por isso hoje nosso presente se chama "Gabriela" que significa enviada de Deus.
Um Beijo a todos e fiquem com Deus
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